Dois disclaimers para pequenas empresas que desejam implantar um plano de saúde corporativo.

#Gestão Empresarial

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por
Felipe Baeta

É bastante justificado que as pequenas e médias empresas busquem oferecer um benefício saúde a seus colaboradores. Além de ser um dos benefícios mais valorizados e, portanto, importante ferramenta para atração e retenção de talentos, muitas vezes, também é a única alternativa para que seu time possa ter acesso ao sistema de saúde suplementar.

Ainda, destaca-se o papel desse benefício como motor da produtividade e redução de absenteísmo que, por sua vez, estão relacionados à condição de saúde dos seus colaboradores. Além de compartilhar conhecimento técnico sobre o desenho da política de benefícios, como elegibilidade, mecânicas de reajuste, categorias dos planos, aplicação de fator moderador, entre tantos outro pontos, sempre que me deparo com um empresa nesse momento, faço questão de me certificar da consciência dos decisores acerca do tema e, principalmente, de expor dois disclaimers importantes. O primeiro é que os custos deste benefício, em geral, evoluem a uma velocidade superior a outras despesas que a empresa possui.

A grande maioria dos contratos é reajustada por índices inflacionários agregados e muito próximos à inflação média, que, atualmente, gira em torno de 2 a 3% ao ano. Entretanto, o plano de saúde, mesmo sem considerar qualquer efeito específico fruto da apuração de sinistralidade individual do contrato, tem evoluído mais de 15% ao ano. Assim, é importante que se tenha uma visão de longo prazo sobre o investimento e seu impacto no orçamento. O segundo fator importante é que a implantação desse benefício gera considerável demanda operacional para a área de recursos humanos. Por isso, sempre recomendamos que a empresa procure uma consultoria que ajude, preferencialmente com suporte tecnológico, na gestão dos benefícios seja minimizando o trabalho burocrático da área de pessoas ou mesmo atendendo diretamente os colaboradores e seus dependentes para que possam extrair o máximo do benefício.

Adicionalmente, é comum que a empresa fique em dúvida quanto à categoria de plano a ser disponibilizada para os funcionários. Nesse caso, recomendamos que se inicie com uma política enxuta para que, ao longo dos próximos períodos, possam ser apresentados novos ganhos de cobertura e qualidade assistencial. Isso trará ondas de satisfação que potencializam o fatores positivos da implantação do plano de saúde. Caso siga essa estratégia, é importante que se atente às travas contratuais de upgrade e mudanças em termos de perfil de cobertura. Por fim, entenda que a oferta deste benefício aos colaboradores é uma grande conquista e costuma impactar positivamente no clima organizacional e na sua capacidade de atração de talentos. Comunique bem e comemore!