Dissídio salarial: como calcular esse reajuste

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece uma série de normas e regras que devem ser seguidas pelas empresas e por seus colaboradores, visando garantir um bom relacionamento trabalhista entre as partes. Neste texto, você entende melhor uma das principais: o dissídio salarial.

O que é dissídio salarial?

Dissídio salarial é uma negociação entre empregadores e empregados que tem o objetivo de discutir e definir um novo valor para os salários dos trabalhadores. Essa negociação ocorre, geralmente, uma vez por ano. Ela é realizada com base em diversos fatores, como a inflação, a produtividade do setor, as condições econômicas do país e as demandas dos colaboradores da empresa.

Como funciona o dissídio salarial no trabalho?

Em um dissídio salarial, as partes envolvidas apresentam suas propostas e discutem possíveis ajustes nos salários, benefícios e outras questões relacionadas ao emprego. Caso não haja acordo, é comum que um árbitro ou uma comissão de arbitragem seja designada para tomar a decisão final. Afinal, estamos falando de leis.

O resultado do dissídio salarial é um novo valor para os salários, que é aplicado retroativamente à data base da categoria. De forma mais simples, data em que se encerra o prazo do acordo anterior. Além de reajustes salariais, pode ser pensado incluir benefícios adicionais, por exemplo, por parte dos profissionais de gente e gestão.

A importância do dissídio

O dissídio salarial é importante por vários motivos, dentre eles podemos citar:

• Manutenção do poder aquisitivo dos trabalhadores, protegendo-os da perda de valor dos salários em relação à inflação. 
• Forma de estabelecer um equilíbrio entre empregadores e empregados, considerando as condições econômicas do país, a produtividade do setor e outras variáveis relevantes, como dissemos acima.
• Oportunidade dos colaboradores do negócio de apresentar suas demandas e reivindicações, buscando melhorias em seus salários e benefícios. 

Por outro lado, os empregadores também têm a chance de discutir suas demandas e limitações financeiras, buscando chegar em um acordo que seja viável para a empresa. O benefício para ele? Evita conflitos trabalhistas e contribui para a manutenção da harmonia nas relações entre empregados e empregadores, o que influencia bastante no clima organizacional.

Qual a diferença entre dissídio salarial coletivo e individual?

A principal diferença entre o dissídio coletivo e o individual está na forma como a negociação é realizada, o que configura um dos desafios do RH.

O dissídio salarial coletivo envolve diversas partes, buscando atender aos interesses de toda uma categoria profissional e é conduzido por meio de representantes dos trabalhadores dentro de uma organização. 

Já o dissídio salarial individual envolve apenas um trabalhador e sua empresa empregadora, sendo negociado de forma direta e sem a participação de terceiros.

Como saber se tenho direito ao dissídio salarial?

Quem atua sob o regime CLT têm direito a receber reajuste salarial. Se você é um trabalhador que está filiado a um sindicato ou associação de classe, recomendamos entrar em contato com essa entidade para se informar sobre as condições salariais da sua categoria e sobre o processo de negociação do dissídio salarial. 

O sindicato ou a associação vai saber informar corretamente sobre as datas de negociação, os valores reivindicados, os critérios de correção salarial e outras informações relevantes, que você precisa ter em mãos antes de seguir pensando neste dinheirinho a mais por mês.

Caso você não esteja filiado a uma entidade representativa, pode buscar informações junto ao Ministério do Trabalho e Emprego ou à Justiça do Trabalho. São órgãos que poderão orientá-lo sobre seus direitos trabalhistas, inclusive em relação ao dissídio salarial. Beleza?

O cálculo realizado

É muito fácil de calcular seu dissídio, isso porque, quando a porcentagem é divulgada, basta colocá-la em cima do salário. Por exemplo, suponhamos que você receba 2 mil reais por mês e o dissídio do sindicato foi de 5%. Automaticamente, o valor final do salário vai para R$ 2.100. 

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