por
Felipe Baeta
O livro Leading Organizations, escrito por Scott Keller e Mary Meaney (senior partners da McKinsey & Company), apresentou alguns dados interessantes. Um deles apontou que profissionais talentosos são 400% mais produtivos do que os medianos, e em tarefas complexas, a diferença de desempenho pode chegar a 800%.
Portanto não é por acaso que as empresas utilizam estratégias para reter talentos, como a remuneração variável. Sua empresa conhece essa prática? Entende quais são os tipos e como mantém os grandes talentos dentro da organização?
Neste artigo, apresentarei a remuneração variável e os seus impactos no capital humano. Avance para os próximos tópicos!
O que é remuneração variável?
Você se lembra de ganhar um presente de fim de ano quando passava de série escolar? Sim, essa recompensa dava a sensação de que todo o esforço valeu a pena. Do mesmo modo, a remuneração variável é uma gratificação pelo desempenho do colaborador, do time ou de toda a empresa.
Sendo assim, diferente do salário fixo, esse ganho é atrelado a metas e objetivos alcançados em um período de tempo. Por isso, é variável, ou seja, pode ou não ser concedido pela organização. Posso dizer que a remuneração variável é como um trampolim que leva a produtividade da equipe a níveis grandiosos.
Quais são os principais tipos?
Para agradar a profissionais com perfis diferentes, as empresas utilizam vários tipos de benefícios na política de remuneração variável. Atualmente, existem muitas formas de gratificar. Vou mostrar algumas delas.
Comissão
A comissão é bem conhecida entre as equipes de vendas. Esse tipo de recompensa é oferecido para os profissionais que cumprem metas previamente estabelecidas. Para motivar ainda mais, algumas empresas usam também a comissão em cascata, que envolve o recebimento de prêmios pelo desempenho do time.
Ambas as formas de comissão têm um efeito poderoso. Enquanto a primeira potencializa os serviços individuais, a outra ajuda os colaboradores a entenderem a importância do trabalho em equipe. Imagine o tamanho da produtividade alcançada pelos esforços de todo um setor!
Lucros e resultados
A lei nº 10101/2000 oficializou a participação nos lucros e resultados (PLR). Essa recompensa é concedida aos colaboradores no fim do ano. Seria uma forma de agradecimento pelos serviços prestados e um lembrete de que os profissionais são responsáveis pelo sucesso do negócio.
Para isso, parte dos lucros obtidos são divididos entre o time interno. O resultado é uma equipe engajada, que veste a camisa da organização.
Bônus
Os bônus são as gratificações mais comuns nas empresas. Normalmente, os profissionais que se destacam pelas competências, produtividade ou desenvolvimento de inovações recebem esse reconhecimento. Existe uma infinidade de tipos de bônus. Por exemplo: viagens, bolsas de estudo, vale-compras, dias de folga etc.
Algo que cria uma atmosfera especial nos bônus é quando a empresa os personaliza de acordo com o perfil do profissional contemplado. Afinal, o colaborador que ganha uma viagem para um destino que tanto sonhava nunca se esquecerá desse bônus e, provavelmente, não desistirá tão fácil de trabalhar na organização.
E os benefícios, quais são?
A remuneração variável apresenta muitas vantagens. A prova disso foi apresentada no estudo “The Impact of Rewards and Recognition on Employee Motivation”, publicado pela Research Gate. De acordo com essa pesquisa, o colaborador recompensado é:
· 46% mais produtivo;
· 52% mais motivado;
· 48% mais disposto a ir além do que foi pedido;
· 36% mais leal à empresa.
Sem dúvida, as gratificações podem transformar os resultados do negócio, uma vez que potencializam a satisfação interna do time. E uma equipe engajada é capaz de fazer as demandas da organização atingirem a excelência.
O que achou do artigo? Entendeu as vantagens da remuneração variável? Agora, veja como os benefícios corporativos também podem ajudar na retenção de talentos.