Da masculinidade tóxica para uma cultura saudável nas empresas

#Gestão de RH

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Conteúdos Piwi

A masculinidade tóxica é um tema que tem recebido bastante atenção nos últimos tempos, à medida que a sociedade reconhece a necessidade de abordar e superar padrões de comportamento que são tão prejudiciais para os homens em diversos níveis. 

Esses padrões comportamentais do masculino também estão presentes no mundo empresarial e podem ter sérias consequências tanto para a saúde e bem-estar dos homens quanto para a cultura organizacional. 

No entanto, é possível construir uma cultura empresarial mais amigável, na qual a masculinidade tóxica seja substituída pela masculinidade saudável. Então, vamos falar sobre essa nova abordagem nas empresas?

Neste artigo, você vai encontrar:

O que é a masculinidade tóxica?

A masculinidade tóxica refere-se a uma concepção estreita e prejudicial do que significa ser um homem, baseada em estereótipos de gênero rígidos. Ela promove valores como agressividade, dominação, falta de expressão emocional e a repressão de qualquer traço considerado "feminino".

Infelizmente, tudo isso pode levar os homens a se sentirem pressionados a esconder suas vulnerabilidades, a não buscar ajuda em momentos de necessidade e a adotar uma postura autoritária em relação aos outros.

No mundo corporativo, a pressão para aderir aos estereótipos tradicionais muitas vezes contribui para o desenvolvimento do burnout em homens. Logo, veremos mais consequências da masculinidade tóxica, mas antes queremos te apresentar à masculinidade saudável. Vem com a gente! 

E o que é a masculinidade saudável?

A masculinidade saudável, por outro lado, reconhece a diversidade de experiências e expressões masculinas. Ela valoriza a empatia, a comunicação emocional, o apoio mútuo e a busca de ajuda quando necessário. A masculinidade saudável permite que os homens sejam autênticos e vulneráveis, reconhecendo que não há uma única maneira certa de ser masculino.

Pouco se fala sobre o assunto, mas é muito essencial começarmos a olhar para a masculinidade saudável até como uma forma de cuidado com a saúde do homem. 

Nesta semana, lançamos um episódio do Futuro do RH, nosso videocast mensal que aborda temas exclusivos com os profissionais influentes no mercado de gestão de pessoas, sobre o tema. 

Convidamos o Gustavo Tanaka, Fundador da Brotherhood, um movimento para ressignificar o papel do homem na sociedade, para falar sobre a masculinidade saudável nas organizações. E você pode entender mais sobre o assunto no vídeo a seguir. 



Quais as consequências da masculinidade tóxica?

Quando falamos de masculinidade tóxica nas empresas, pensamos em duas questões, o impacto na saúde e bem-estar dos homens e na cultura organizacional

Em primeiro lugar, ela pode prejudicar a saúde dos homens, levando a problemas como estresse crônico, depressão, isolamento e até mesmo comportamentos de risco. A pressão para ser "durão" e não mostrar fraqueza pode levar os homens a ignorar problemas de saúde, físicos e mentais, o que, por sua vez, pode levar a complicações sérias, afetando não só o dia a dia desse colaborador na sua empresa, mas também suas vidas pessoais. 

Além disso, a masculinidade tóxica também afeta a cultura da empresa. Ela pode contribuir para ambientes de trabalho tóxicos, nos quais a competição desenfreada, a falta de empatia e a comunicação inadequada são a norma. Isso pode minar a produtividade, a inovação e a satisfação dos funcionários, levando a uma alta rotatividade e a problemas de retenção de talentos.

Masculinidade tóxica e a saúde dos homens 

Como estamos em Novembro Azul, mês de cuidado dos homens, resolvemos trazer aqui algumas maneiras pelas quais a masculinidade tóxica pode afetar a saúde masculina:  

Falta de espaço de vulnerabilidade: a masculinidade tóxica frequentemente promove a ideia de que os homens devem reprimir suas emoções e não demonstrar fraqueza. Isso pode levar os homens a não expressarem o estresse, a ansiedade e outras emoções relacionadas ao trabalho, o que pode aumentar a probabilidade de desenvolver o burnout, pois não estão buscando apoio ou ajuda quando necessário.

Pressão para o desempenho excessivo: esse comportamento também encoraja os homens a buscar altos níveis de desempenho em todas as áreas de suas vidas, incluindo o trabalho. Isso pode resultar em longas horas de trabalho, falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional e uma relutância em tirar férias ou tempo para si mesmos, contribuindo para o burnout, como falamos anteriormente. 

Competitividade excessiva: a busca implacável por sucesso e a necessidade de ser o melhor podem levar os homens a competir constantemente com colegas de trabalho, em vez de colaborar. Essa competitividade exacerbada pode criar um ambiente de trabalho estressante, onde a pressão é constante, o que pode levar ao burnout.

Dificuldade em pedir ajuda: Homens que aderem à masculinidade tóxica podem ter dificuldade em pedir ajuda ou apoio, mesmo quando estão sobrecarregados. Eles podem temer que pedir ajuda seja interpretado como fraqueza, o que pode agravar o burnout, uma vez que não procuram recursos para aliviar o estresse e a pressão.

Isolamento social: a masculinidade tóxica muitas vezes encoraja a independência extrema e a falta de expressão emocional, o que pode levar os homens a se isolarem socialmente. Isso pode resultar em falta de apoio emocional e social, o que contribui para a sensação de exaustão emocional.

Como combater a masculinidade tóxica nas empresas

Bom, já falamos o quanto a masculinidade tóxica pode ser um fator social extremamente limitante até no mundo corporativo. Mas agora a pergunta que não quer calar: como combater esse comportamento? 

Para combater a masculinidade tóxica e construir uma cultura empresarial mais saudável, as empresas podem adotar várias estratégias. Separamos aqui algumas ações que podem melhorar esse cenário por aí. 

Educação e conscientização: realizar programas de educação, conscientização e treinamento para conscientizar os funcionários sobre os danos da masculinidade tóxica e promover a masculinidade saudável. Abrir rodas de conversas também pode ser uma solução eficiente. 

Promoção da diversidade e inclusão: incentivar a diversidade de gênero e criar ambientes inclusivos onde todos se sintam valorizados, independentemente de sua identidade de gênero.

Modelagem de liderança positiva: líderes empresariais devem servir como modelos de masculinidade saudável, demonstrando empatia, comunicação eficaz e apoio aos funcionários. Buscar entender melhor o arquétipo feminino na liderança pode ser um fator interessante. 

Políticas de bem-estar: implementar políticas que apoiem o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, ofereçam programas de saúde mental e encorajem a busca de ajuda quando necessário.

Promoção da comunicação aberta: estimular a comunicação aberta e a resolução construtiva de conflitos, para criar um ambiente de trabalho onde as emoções possam ser discutidas de maneira saudável.

Criar comunidades e redes de apoio: oferecer programas de apoio aos funcionários, como grupos de discussão, para que eles possam compartilhar experiências e se apoiar mutuamente. 

A cultura de masculinidade é cercada de estereótipos limitantes, e muitas vezes acaba prejudicando até o ambiente de trabalho. Mas não precisa ser assim. 

Piwi e a saúde masculina 

Além de falar da masculinidade tóxica, precisamos conscientizar nossos colaboradores de outros aspectos que se relacionam com a saúde física e mental. Assim, conseguimos manter um ambiente de trabalho saudável, harmônico e produtivo. 

Por isso, neste mês de novembro, lançamos uma campanha para promover o Novembro Azul. Essa iniciativa visa a promoção da saúde dos homens, incentivando a prevenção e a busca por cuidados médicos e também do autoconhecimento e autocuidado. Afinal, falou de saúde, falou de Piwi!

Vem dar uma olhada no nosso material exclusivo sobre o assunto.

Novembro Azul na Piwi