Entenda de uma vez como funciona o reajuste do plano de saúde!

#Plano de Saúde

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por
Felipe Baeta

A saúde é uma das maiores riquezas do ser humano. Por isso, não medimos esforços para cuidar dela. No entanto, o custo relacionado a tratamentos costuma ser muito alto, como é visto nas mensalidades dos planos de saúde. 

Anualmente, somos surpreendidos com tarifas cada vez mais caras, levando muitos a perguntar: como funciona o reajuste de plano de saúde? Trata-se de uma dúvida que atinge tanto os beneficiários de planos individuais quanto aqueles de planos coletivos, como o plano de saúde empresarial.

Aqui, vamos te mostrar em detalhes e de forma simples como funciona o reajuste. Você vai entender como o reajuste do seu plano de saúde é calculado e o que influencia no aumento dos valores. Bora lá!

Confira o que você vai encontrar neste artigo:

Como funciona o reajuste de plano de saúde? Como o aumento é calculado?

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), órgão do governo federal que regulamenta o setor de planos de saúde, é a responsável por definir o reajuste em planos de saúde individuais e familiares. Já os reajustes de planos coletivos por adesão e empresariais ficam por conta das operadoras.

Como a ANS define o teto de reajuste anual?

Atualmente, a ANS usa como base para definir o teto de reajuste anual o IVDA (Índice de Valor das Despesas Assistenciais) e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

O IVDA é um índice que mede a oscilação dos gastos com os serviços de saúde pelos clientes dos planos de saúde e representa 80% do teto do reajuste. Os outros 20% são medidos com base no IPCA, que é o índice oficial da inflação do país.

Com a nova metodologia, o teto de reajuste anual dos planos registrou o menor patamar em quase 10 anos. Essa é uma ótima notícia, certo?

Como é calculado o reajuste do plano de saúde empresarial?

Já falamos no início desse tópico que a ANS não define o teto de reajuste de plano de saúde empresarial ou coletivo por adesão. E esses planos representavam cerca de 82,6% do total de contratos do setor no final de 2023, segundo os números oficiais da ANS. 

Se a ANS não é responsável por definir o reajuste de planos de saúde coletivos, quem define? E como esse cálculo é feito?

Funciona assim: cada operadora calcula a porcentagem de reajuste com base no valor da inflação, na oscilação de custo médico-hospitalar (VCMH) e na utilização dos serviços oferecidos às empresas.

De acordo com um artigo do portal Uol Economia, nos últimos três anos, a correção dos planos coletivos ficou em 52,9%. Essa margem fica muito acima do valor registrado para a inflação nesse mesmo período (14,8%).

Para muitos, essa diferença de valores demonstra uma exploração das operadoras em relação aos clientes corporativos. Contudo, vale lembrar a incidência do já citado VCMH, que calcula o custo dos serviços médico-hospitalares.

Geralmente, esse índice é bem maior do que a inflação apresentada pelo IPCA. Na verdade, a chamada “inflação da saúde” costuma superar a da economia não só no Brasil, como em várias partes do mundo.

 Como justificativa, o setor das empresas de saúde aponta para fatores que elevam o valor das correções, como: o envelhecimento populacional, os custos altos dos procedimentos e a implantação de novas tecnologias.

Porém, um detalhe interessante é que os clientes dos planos coletivos não sentem todo o impacto dessa correção, uma vez que as operadoras responsáveis pelo contrato absorvem boa parte desse custo e repassam uma porcentagem para os usuários finais.



Quais são os tipos de reajuste de plano de saúde?

As operadoras de saúde podem aplicar três tipos de reajuste no Brasil. Confira quais são eles abaixo:

Reajuste anual

O reajuste anual é aplicado no mês de aniversário do contrato. Nesse período, a mensalidade do plano sofre um reajuste nos valores. E basicamente, o reajuste anual é definido com base nos cálculos que falamos acima.

A ANS define o teto de reajuste para planos de saúde individuais e familiares. E os planos coletivos por adesão e empresariais são corrigidos pelas operadoras com base na inflação oficial do país e na média do VCMH.

Em 2023, o teto de reajuste definido pela ANS foi de 9,63% para planos individuais e familiares. Já o reajuste médio dos planos de saúde coletivos ultrapassou a casa dos 20%.

Reajuste por faixa etária

O reajuste por faixa etária é permitido pela ANS para equilibrar o custo com os usos de serviços de saúde. Afinal, quanto mais envelhecemos, mais precisamos de cuidados de saúde.

Assim, foram definidas faixas etárias e sempre que um usuário faz aniversário e passa para outra faixa, o seu plano sofre um reajuste. Este tipo de reajuste é aplicado em todos os tipos de planos, tanto em planos individuais e familiares como nos planos coletivos.

Confira abaixo quais são as faixas etárias definidas pela ANS em planos de saúde:

  • 0 a 18 anos
  • 19 a 23 anos
  • 24 a 28 anos
  • 29 a 33 anos
  • 34 a 38 anos
  • 39 a 43 anos
  • 44 a 48 anos
  • 49 a 53 anos
  • 54 a 58 anos
  • 59 anos ou mais

Dessa maneira, em um exemplo simples, um usuário do plano que faz 29 anos neste ano, por exemplo, sofrerá reajuste por faixa etária em seu plano, já que passa a pertencer a uma nova faixa etária. Fácil de entender né?

Reajuste por sinistralidade

A sinistralidade é um fator importantíssimo e que pode elevar bastante o valor do contrato do seu plano. Vale ressaltar que esse tipo de reajuste só é aplicado para planos de saúde empresarial e planos coletivos por adesão.

Para isso, as operadoras medem o índice de sinistralidade que compara os custos dos procedimentos realizados (sinistros) e o valor do contrato do plano durante um período. Em geral, as operadoras aplicam o reajuste por sinistralidade quando o índice ultrapassa o percentual de 70%.

É importante ficar bem atento as cláusulas de contrato para não ser surpreendido por esse reajuste! Fique de olho!

Portabilidade é possível em reajustes muito altos

Recentemente, a ANS estendeu a RN 438 para planos coletivos e empresariais. E isso abre a possibilidade de fazer a portabilidade do plano, ou seja, migrar para outro plano caso o aumento por sinistralidade seja muito alto.

Se esse é o seu caso, vale a pena dar uma olhada na possibilidade de portabilidade do seu plano. Nesse modelo, a empresa pode mudar de plano sem cumprir carência.  

Sem dúvidas, cuidar da saúde é fundamental. E entender as regras de reajuste também! Para isso, nada melhor do que o auxílio de um corretor de plano de saúde. E aí, agora você conseguiu entender como funcionam o reajuste de plano de saúde?

Piwi e o reajuste do seu plano de saúde

Sabemos o quanto os reajustes do plano de saúde assustam muitas empresas. E não é à toa! Só neste ano de 2024, os aumentos podem passar de 25%.

Como uma corretora que simplifica os processos para o RH, estamos sempre ajudando nossos clientes e parceiros a encontrarem as melhores soluções para lidar com os reajustes anuais de seus planos de saúde e a economizarem na hora da renovação.

Precisa de ajuda para reavaliar seu plano de saúde empresarial? Oferecemos um estudo de mercado que te ajuda a encontrar a melhor solução! Vem bater um papo com nosso time de especialistas.

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